quarta-feira, 29 de abril de 2009

Eu e o PODER

De mim restarão os meus ossos,

Deles, podem triturar

Farão um punhado de partículas bem finas.

Lancem-nas ao vento,

E do solo brotarão novos "EUS"

Para equilibrar os "TUS"

Que gerastes.

Mas a minha alma,

Está profundamente esgotada

Dos Valores,

Aqueles que criaram ou ajudaram criar.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Para E L A

Arranha-céus na memória

Fiz sempre pra vitória

Para o Amor que desapareceu

Levando tudo que era meu



Muitas cartas escrevi

Pra nossa reconciliação

Mas como perdeu coração

Nunca mais a vi.



Concedi toda a minha vida

E com imensa dor devolvida

A favor desta Paixão.

Ai, meu coração

terça-feira, 14 de abril de 2009

Para Chã das Caldeiras

















“Nós não herdámos o mundo dos nossos pais, temo-lo emprestado dos nossos filhos”
Lamento não poder precisar o autor dessa frase que estampava um cartaz comemorativo ao Dia Mundial do Ambiente, produzida pelo MDR há vinte anos atrás.
Apesar de esquecer o autor, jamais deixei este pensamento enquanto faço ou vejo ser feito qualquer transformação no ambiente que me rodeia. Outras vezes fico naturalmente abalado com as notícias catastróficas ainda que seja nas mais longínquas paragens do Planeta. Muitas são as razões que levam a tais catástrofes, desde os acidentes até a própria ignorância. Não sei se é pela evolução dos meios de comunicação mas somos bombardeados todos os dias com notícias preocupantes. Numa outra ocasião há uns anos quando conduzia um turista francês ao cume do Pico do Fogo, lamentei que enquanto os poderosos que melhor posicionados a ajudar nos problemas ambientais do nosso planeta, são eles os que mais prejudicam a saúde do mundo, e quem seria eu e os meus magros recursos para o defender. Mas ele acalmou a minha alma dizendo que os mais pequenos gestos em relação à protecção do ambiente que eu podia fazer junto aos milhares de outros pequenos gestos poderão despoletar uma força maior. Aí lembrei-me de um outro jovem cientista canarino que me repreendeu quando tentava tirar um pedaço de estalagmite numa gruta em Sumbango - Mosteiros, embora encontrávamos onde ninguém tinha estado. Ele disse: “Se partires isso para levares como recordação, serás certamente a última a ver esta beleza, por isso deixa que outros vejam esta maravilha da Natureza.” Desde aquele momento comecei a seguir as atitudes daquele jovem cientista e reparei que não deixou nem o mais pequeno lixo que lá produzimos, como as beatas dos cigarros que lá dentro fumei, recolhendo-as para um saco de plástico que ele levara, deixando-o perto do Hotel em S. Filipe onde estava hospedado. Com estes pequenos gestos tomei uma grande lição.
Todos parecem unânimes em reconhecer a paisagem de Chã das Caldeiras, hoje toda ela pertença á freguesia de Santa Catarina, uma beleza exuberante, capaz de atrair o turismo e consequentemente algum rendimento á ilha. É claro que nunca devemos esquecer porque esta paisagem é atractiva para os muitos turistas estrangeiros que por lá passaram. Talvez hoje não seja tão belo como noutros tempos apesar da miséria e do abandono que foi votado durante tempos, e Deus me livre pensar que isso evolua a ponto dos nossos descendentes a acharem um lugar vulgar.
Gostaria muito de em conjunto com todos os que amam esse sítio, a uma concentração de esforços e estratégias no sentido de salvar este recurso, de forma a que a aqueles que realmente são os seus verdadeiros donos não venham falar de nós como carrascos.
De muito longe vejo o Vulcão não só como o símbolo da minha ilha mas como o monte que fica frente da minha casa, assim como todos os foguenses espalhados por este mundo.
Saudades
Envolvamos para o desenvolvimento de uma forma sustentável!

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