quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Guarda-Corbu























Sentado no pátio da casa do Mato, onde Lencó e João guardavam o corvo, podia ver Fonte Cabra e Fonsaco debaixo dos meus pés podia controlar os movimentos dos meus amigos que não guardavam corvos. Lá estão eles na “Belon” a jogar a bola de meia. Deve estar lá o Tundém di Nhónhó d’Ana, Mané di Quinha, Kistianu di Manzinha, Juan di Gustim – pensava eu enquando rabiscava no chão alguns arabiscos. Lembrei-me de António Muzim, que mesmo com a idade de ir para a tropa, lhe deu no tino fazer um avião de “isca de carapate” meteu lá dentro o seu sobrinho Eduardo de Madjada para Fonte Cabra num fio pesca improvisado, salvando o miúdo umas “purgueiras” cobertas de “gistibas” que abundavam naquele sítio. Depois de socorrer o sobrinho, António veio pra baixo gabarolar o seu feito, quando Keitano saiu e no seu jeito calmo de falar trocista atirou: oh seu Tutu armado em Gago Coutinho podias agora estar na gaiola por esta maluquice, ainda podias matar o rapazinho! É melhor tomares juízo! Despertei-me com um “tchapalate” de António Dimingu Sara, lá em cima a afugentar um bando de corvos que vinha dos lados do Toril.Levantei peguei do meu “tchapalati” deu dois estalos que achei serem ouvidos em Degolada. Passava muito tempo a confeccionar “fundas” e “tchapalatis”que oferecia a outros colegas de profissão.Ocupava algum tempo a construir o meu funco cortando e transportando as folhas de carapate verde para o penedo que faz uma lapa assim tenho menos parede para fazer e está mais bem acantonado da chuva, e ainda podia servir do penedo para torre de controlo e os estalos de “tchapati” ecoam nos regatos. Semeei umas covas de “sementeira”, mesmo á frente do funco dei todos os cuidados inclusive deitei água nos dias de “sol quente” só para depois ouvir a Mamanzinha gabar daquela cova que está na entrada do funco deu mais de dois litros de “baxinha”….

Sem comentários:

A minha Lista de blogues

Deixa aqui os seus comentários

Fidjudjarfogo